Quantos de nós já pensou em interligar a decadência da atual sociedade mundial e nacional ao que acontece com o mercado fonográfico? Pois então, façamos isso juntos nesse rápido texto e percebamos que não se trata de uma banalidade ou casualidade, existe sim uma ligação direta entre esses fatores, aparentemente desconexos.
sábado, 15 de abril de 2017
RPM - Revoltas Por Minuto: O subestimado poder da música e a decadência conte...
RPM - Revoltas Por Minuto: O subestimado poder da música e a decadência conte...: Não é segredo para ninguém que a música em nosso país é subestimada e tratada como um mero meio de entretenimento, ou melhor, um acessório ao entretenimento. Essa milenar arte é pouco ou simplesmente não valorizada, marginalizada e a única exceção é quando a mesma é instrumento de manipulação e venda para as massas.
domingo, 28 de julho de 2013
Em SP Haddad não entende, ninguém entende o que não quer entender...
Para abrir, vamos direto para as declarações do prefeito de SP:
"Estou me colocando à disposição para o debate. É uma realidade nova que exige abordagem nova. Nenhum Estado está se mostrando preparado para enfrentar essa nova realidade"
E mais:
"Temos que buscar essa linha tênue do equilíbrio. Não é simples, mas o poder público tem que buscar isso. É um desafio para as forças de segurança. Tenho conversado muito com o Alckmin (Geraldo Alckmin, governador de São Paulo) sobre esse assunto. Algumas dessas novas formas de protesto contam com o apoio da população e outras não. Temos que buscar o meio termo, o equilíbrio entre esses dois direitos"
Na verdade, tais declarações chegam a ser patéticas. É claro que nenhum estado ou cidade está pronto para lidar com o atual modelo de manifestações, mas para que fique um pouco mais claro a todos, vamos dar uma analisada na diferença entre ontem e hoje, diferença essa não muito clara, mesmo para a população.
O modelo convencional:
Alguns exemplo bem fortes, vivos na memória e de fácil pesquisa são os 2 maiores das últimas décadas, o movimento por "Diretas Já" e o "Fora Collor".
"Estou me colocando à disposição para o debate. É uma realidade nova que exige abordagem nova. Nenhum Estado está se mostrando preparado para enfrentar essa nova realidade"
E mais:
"Temos que buscar essa linha tênue do equilíbrio. Não é simples, mas o poder público tem que buscar isso. É um desafio para as forças de segurança. Tenho conversado muito com o Alckmin (Geraldo Alckmin, governador de São Paulo) sobre esse assunto. Algumas dessas novas formas de protesto contam com o apoio da população e outras não. Temos que buscar o meio termo, o equilíbrio entre esses dois direitos"
Na verdade, tais declarações chegam a ser patéticas. É claro que nenhum estado ou cidade está pronto para lidar com o atual modelo de manifestações, mas para que fique um pouco mais claro a todos, vamos dar uma analisada na diferença entre ontem e hoje, diferença essa não muito clara, mesmo para a população.
O modelo convencional:
Alguns exemplo bem fortes, vivos na memória e de fácil pesquisa são os 2 maiores das últimas décadas, o movimento por "Diretas Já" e o "Fora Collor".
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sábado, 27 de julho de 2013
O silêncio que antecede o que?
Eu estava certo, ainda ontem quando escrevi o post citando a ação do Black Bloc em SP, varrendo o coração financeiro da cidade que o ataque midiático seria terrível. Já conseguia ver "Datena's" e "Jobor's" da vida destilando todo seu veneno ao falar de vândalos, depredadores, bandidos e bla bla bla, já imaginava "Ratinho's" acéfalos mandando sentar a porrada e soltar cachorros encima do povo revoltado... mas não...
Nem mesmo o ataque impiedoso sobre um dos carros da Record levou ninguém a fazer menção nenhuma ao ocorrido no coração financeiro do país, e fico me perguntando... por que?
Já não basta a já bem conhecida fascista e truculenta polícia militar do estado de SP não ter feito nada frente a imensa massa negra do BlackBloc, não ter havido uma chuva de lacrimogêneo e balas de borracha, agora o silêncio da mídia. Porque deixam passar essa oportunidade banhada em ouro de marginalizar os ativistas de ação direta, jogando mais uma vez a população tapada contra eles? Não parece fazer sentido... mas vamos tentar entender, como sempre, dando uma espiadinha no passado recente.
A primeira coisa que me vem a mente é o início da primavera brasileira, quando paulistanos tomaram a Paulista contra o aumento das passagens e foram violentamente reprimidos pela polícia. Daí sim, como o esperado, a mídia caiu matando, Arnaldo Jabor rapidamente fez seu ácido e conservador comentário chamando a todos de desocupados, vagabundos e playboys. E qual foi o resultado? Mais gente na rua, agora no país inteiro, calmos, mas já impacientes.
Um aparente repeteco do movimento por Diretas Já começou. A mídia, feito doida, mudou de postura e começou a divulgar e apoiar exaustivamente as manifestações, mas rapidamente a sua tática ficou clara. Exaltar os manifestantes pacíficos, com camisas brancas, hinos nacionais e de grandes empresas como FIAT e futebolescos vinculados pela Globo e marginalizar pesadamente todo aquele que "saísse da linha". Funcionou a princípio e para fechar com chave de ouro, diminuíram sistematicamente o ritmo e frequência das reportagens, passando ao público a equivocada impressão de que o povo se acalmara, voltara para casa e "o gigante voltou a dormir".
MENTIRA, e mais uma vez não funcionou, câmaras no país inteiro começam a ser ocupadas, mobilizações muito mais focadas e direcionadas tomam forma e avançam fortemente, ganhando força a despeito do descaso da mídia. Isso sem contar os corajosos estados que não recuaram um único passo sequer, cabe aqui um destaque a Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
Agora uma frente bem pouco paciente e ávida por ações diretas começa a não apenas tomar forma como partir para ações diretas contra bancos e prédios públicos, mas agora a mídia prefere esconder, ignorar, se calar.
É difícil arriscar qual seria o próximo passo, qualquer previsão não passaria de uma especulação, mas arriscaria dizer que estamos frente a um divisor de águas, a população não vai parar e graças a internet a mobilização só vai aumentar, e muito, a mídia não aguentará ficar calada por muito tempo. Se a crise estourar logo, estaremos a um passo de uma guerra civil, se tardar a chegar essa revolução tende a crescer ordenadamente e derrubar esse governo nojento, e não falo de candidatos, nem pessoas, falo da forma estúpida que a democracia no país tem sido conduzida.
Vemos à frente a origem de uma real democracia, uma democracia direta e participativa ou uma revolução armada e burra? Os próximos passos definirão isso...
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Tentando entender a onda....
Juro que gostaria de escrever mais postagens. Sei lá, 4 ou 5 por dia e ainda não seria o bastante. Mas saber qual assunto abordar ou sobre o que falar é um desafio constante.
Poderia falar sobre o moralismo estúpido. Sim, o moralismo estúpido que leva pessoas aparentemente desprovidas de cérebro, dignidade e amor próprio a prestar condolências a mega-empresários que tem suas lojas atingidas pela fúria popular e choram em rede nacional. Pessoas tão estúpidas que, além de condenar, se compadecem pelos vidros arrebentados de instituições financeiras, quando não pior, ficam realmente revoltadas pelos ataques a vidros e prédios que simbolizam todo tipo de exploração e abuso que elas mesmas sofrem. Essas são as mesmas figuras hipócritas que viram a cara a um morador de rua e prega pela paz e igualdade, os mesmos que tem a cara de pau de perguntar o que vai resolver ações contra prédios públicos e de grandes acumuladores, se fazendo de cegos ou simplesmente sendo BURROS demais para entender que se trata de simbolismo, se trata de atacar o que esses vidros representam, pois quem ataca não é inocente a ponto de achar que esses vidros provocariam algo além de umas cínicas risadas em seus donos. Não, não vou falar sobre eles.
Poderia também falar sobre a bomba relógio que repousa sobre nosso colo. Sobre a instabilidade que toma conta da primavera brasileira.
sábado, 20 de julho de 2013
Primavera tardia, a chance de mais flores! PARTE I
O ano é 2008, o cenário é de caos. Caos esse iniciado pelo estouro da bolha imobiliária americana que abalou o mercado mundialmente e jogou da noite para o dia boa parte da Europa e outras regiões em profunda crise e a revolta começou.
Algum tempo depois os mercados se acalmaram, mas a crise e a revolta popular não, só aumentou.
Em Junho de 2011 é lançado mundialmente O Plano e o mundo conhece Anonymous e passa a ver a máscara do personagem da HQ de Alan Moore e do filme da Warner se multiplicar e espalhar, se multiplicar.
O mundo vem se convulsionado desde então das mais variadas formas e intensidades e no Brasil viu-se uma tímida manifestação e um pequeno ruído midiático sobre o assunto e em pouco tempo essa "marola" perdeu força e se consumiu.
A famosa "primavera árabe", longe de restrita ao países árabes, veio forte, passou em alguns lugares e ganhou ainda mais força em outros. No Brasil, no entanto... NADA!
Cheguei honestamente a perder as esperanças de que os ventos dessa primavera trouxesse a revolução para cá. Parecia que nada era capaz de mobilizar e indignar o acomodado povo brasileiro.
Longos 5 anos se passaram e de repente, do nada e sem aviso prévio, acordamos vendo uma massa de literalmente MILHÕES de brasileiros tomando as ruas das principais capitais do país e em incontáveis cidades do interior. Décadas de denúncias e abusos foram engolidos a seco, até que o aumento de 20 centavos na passagem de ônibus fez com que o povo decidisse vomitar tudo que havia engolido até então de uma só vez. Juro que ainda, as vezes, me pergunto se isso tudo é mesmo real.
Minha descrença foi tamanha que, mesmo frente a tudo isso, levei algum tempo para acreditar que era, não só verdade, mas que tinha impulso o bastante para continuar. Mas sim, É REAL e tem potencial de sobra para ser definitivo.
Muita coisa nesse pouco mais de 1 mês aconteceram, estão acontecendo e parecem não perderem força. Ao menos não em todos os lugares, pois capitais tradicionalmente COVARDES parecem querer manter essa tradição de covardia e conformismo, vide a capital paulistana por exemplo (vergonha da porra). Agora podemos ver com clareza que a onda se fragmentou e está voltando de várias formas, em várias frentes, com vários objetivos e organizações, em comum apenas a determinação em mudar.
Demorou, mas a primavera brasileira chegou. Temos 5 anos de histórias e exemplos dos mais variados tipos pelo mundo, de sucessos e fracassos para serem observados e nos guiar. Existe uma vantagem sem igual no atraso da nossa revolução, esse atraso pode ser definitivo para uma vitória que modifique de uma vez por todas e profundamente a realidade aviltante que vivemos. Precisamos fazer uso disso.
Nessa série de posts vamos tentar observar os exemplos pelo mundo e tentar identificar o que fazer ou não para que funcione aqui, para que possamos de fato mudar nossa realidade. Será uma série, pois além de extremamente longo, um único texto sobre o assunto seria cansativo demais para leitura e escrita.
Seja bem vinda primavera, e que não dure uma estação, mas que dure tanto quanto necessário para que colhamos enfim flores, não apenas espinhos.
AnonSnake
Algum tempo depois os mercados se acalmaram, mas a crise e a revolta popular não, só aumentou.
Em Junho de 2011 é lançado mundialmente O Plano e o mundo conhece Anonymous e passa a ver a máscara do personagem da HQ de Alan Moore e do filme da Warner se multiplicar e espalhar, se multiplicar.
O mundo vem se convulsionado desde então das mais variadas formas e intensidades e no Brasil viu-se uma tímida manifestação e um pequeno ruído midiático sobre o assunto e em pouco tempo essa "marola" perdeu força e se consumiu.
A famosa "primavera árabe", longe de restrita ao países árabes, veio forte, passou em alguns lugares e ganhou ainda mais força em outros. No Brasil, no entanto... NADA!
Cheguei honestamente a perder as esperanças de que os ventos dessa primavera trouxesse a revolução para cá. Parecia que nada era capaz de mobilizar e indignar o acomodado povo brasileiro.
Longos 5 anos se passaram e de repente, do nada e sem aviso prévio, acordamos vendo uma massa de literalmente MILHÕES de brasileiros tomando as ruas das principais capitais do país e em incontáveis cidades do interior. Décadas de denúncias e abusos foram engolidos a seco, até que o aumento de 20 centavos na passagem de ônibus fez com que o povo decidisse vomitar tudo que havia engolido até então de uma só vez. Juro que ainda, as vezes, me pergunto se isso tudo é mesmo real.
Minha descrença foi tamanha que, mesmo frente a tudo isso, levei algum tempo para acreditar que era, não só verdade, mas que tinha impulso o bastante para continuar. Mas sim, É REAL e tem potencial de sobra para ser definitivo.
Muita coisa nesse pouco mais de 1 mês aconteceram, estão acontecendo e parecem não perderem força. Ao menos não em todos os lugares, pois capitais tradicionalmente COVARDES parecem querer manter essa tradição de covardia e conformismo, vide a capital paulistana por exemplo (vergonha da porra). Agora podemos ver com clareza que a onda se fragmentou e está voltando de várias formas, em várias frentes, com vários objetivos e organizações, em comum apenas a determinação em mudar.
Demorou, mas a primavera brasileira chegou. Temos 5 anos de histórias e exemplos dos mais variados tipos pelo mundo, de sucessos e fracassos para serem observados e nos guiar. Existe uma vantagem sem igual no atraso da nossa revolução, esse atraso pode ser definitivo para uma vitória que modifique de uma vez por todas e profundamente a realidade aviltante que vivemos. Precisamos fazer uso disso.
Nessa série de posts vamos tentar observar os exemplos pelo mundo e tentar identificar o que fazer ou não para que funcione aqui, para que possamos de fato mudar nossa realidade. Será uma série, pois além de extremamente longo, um único texto sobre o assunto seria cansativo demais para leitura e escrita.
Seja bem vinda primavera, e que não dure uma estação, mas que dure tanto quanto necessário para que colhamos enfim flores, não apenas espinhos.
AnonSnake
sexta-feira, 19 de julho de 2013
AMOR A VIDROS E PRÉDIOS!
Não tenho muito o que falar, esse texto abaixo, tirado do facebook e devidamente creditado ao final é pura e simplesmente TUDO o que penso sobre essa merda de moralismo estúpido que preza mais vidros e paredes do que vidas....
"Vem cá... Numa boa, papo reto, que porra de amor, devoção ou respeito você tanto tem pela propriedade de instituições que ganham a vida fazendo você e o resto da sua população SE FUDEREM!?
Você enche a boca pra dizer as manifestações populares são vandalismo, depredação, bagunça, dentre outras coisas.
Mas porque diabos vocês se preocupa tanto com um bocado de vidro quebrado de agências destes bancos, instituições milionárias que vivem a mercê do sofrimento do povo, da exploração, dos juros, da quebra financeira de países inteiros?
Você pode ter certeza de uma coisa, nem se nós quebrássemos todo o vidro do universo, isso não seria absolutamente nada para um desses bancos... Mas, por outro lado, pense bem. Você vai chegar a conclusão de que o mundo seria um lugar muito melhor sem estas malditas instituições comandando a vida das pessoas.
Tem uns ônibus pegando fogo? Quebraram umas vidraças? Isto te ofende? Sério mesmo?
Pois eu acho que você deveria ficar ofendido com outras coisas, sabe? Por exemplo, com o fato de que um direito básico se tornou uma mercadoria. Que o direito de ir e vir está subordinado ao interesse de grandes empresários que lucram HORRORES com a intensiva produção de distanciamento entre o seu acesso ao direito e suas condições de pagar por ele. Porque é exatamente isso que acontece quando um serviço fundamental para a vida na cidade cresce de forma desproporcionada em relação à inflação e ao salário. Cada vez mais você terá dificuldades de ter acesso a um serviço que deveria ser público, gratuito e de qualidade.
Mas nada disso é importante certo? Importante mesmo são os vidros, as janelas, alguns ônibus, e, claro, que as paredes estejam
quarta-feira, 10 de julho de 2013
E depois de um longo e tenebroso inverno....
Pois é. Chega a ser estranho retomar o blog depois de tanto tempo, depois de te-lo abandonado sem maiores explicações, mas vamos lá.
Mas pq o blog foi abandonado afinal?
Essa não é difícil de responder. Depois de todo o furor com o surgimento do plano, as primeiras ações e toda a movimentação que a mesma trouxe, como de costume, o povo começou a dispersar, a desanimar, falar e pensar em merdas o tempo todo, não dar atenção alguma a nada do que realmente importa... enfim, sem escolher muito as palavras... ENCHEU O SACO. Isso pq nem vou entrar no detalhe das intrigas e brigas internas de imbecis que nunca entenderam uma só palavra do plano, muito menos o que Anonymous representa.
Normalmente, tendo em vista todas as manifestações pelo país e o aparente início da "primavera brasileira", o normal seria que o blog tivesse sido imediatamente retomado, mas não. Custei muito a acreditar que "dessa vez a coisa vai" e não acredito plenamente ainda, que fique claro.
Retomei meus trabalhos pq senti em mim a necessidade de faze-lo, de dividir um pouco do que eu e minha equipe de ontem e de hoje aprendemos, discutimos, pesquisamos e descobrimos e tentar mais uma vez, mesmo sem muita pretensão, despertar o espírito revolucionário do povo para que derrubemos juntos essa corja nojenta e repugnante que domina nossas vidas.
Att. AnonSnake
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